OBRAS
DE
CAMILLO CASTELLO BRANCO
EDIÇÃO POPULAR
L
ESTRELLAS FUNESTAS
VOLUMES PUBLICADOS
N.º 1—Coisas espantosas.
N.º 2—As tres irmans.
N.º 3—A engeitada.
N.º 4—Doze casamentos felizes.
N.º 5—O esqueleto.
N.º 6—O bem e o mal.
N.º 7—O senhor do Paço de Ninães.
N.º 8—Anathema.
N.º 9—A mulher fatal.
N.º 10—Cavar em ruinas.
N.os 11 e 12—Correspondencia epistolar
N.º 13—Divindade de Jesus.
N.º 14—A doida do Candal.
N.º 15—Duas horas de leitura.
N.º 16—Fanny.
N.os 17, 18 e 19—Novellas do Minho.
N.os 20 e 21—Horas de paz.
N.º 22—Agulha em palheiro.
N.º 23—O olho de vidro.
N.º 24—Annos de prosa.
N.º 25—Os brilhantes do brasileiro.
N.º 26—A bruxa do Monte-Cordova.
N.º 27—Carlota Angela.
N.º 28—Quatro horas innocentes.
N.º 29—As virtudes antigas—Um poeta portuguez... rico!
N.º 30—A filha do Doutor Negro.
N.º 31—Estrellas propicias.
N.º 32—A filha do regicida.
N.os 33 e 34—O demonio do ouro.
N.º 35—O regicida.
N.º 36—A filha do arcediago.
N.º 37—A neta do arcediago.
N.º 38—Delictos da Mocidade.
N.º 39—Onde está a felicidade?
N.º 40—Um homem de brios.
N.º 41—Memorias de Guilherme do Amaral.
N.os 42, 43 e 44—Mysterios de Lisboa.
N.os 45 e 46—Livro negro de padre Diniz.
N.os 47 e 48—O judeu.
N.º 49—Duas épocas da vida.
N.º 50—Estrellas funestas.
CAMILLO CASTELLO BRANCO
ESTRELLAS
FUNESTAS
QUINTA EDIÇÃO
1906
PARCERIA ANTONIO MARIAPEREIRA
Livraria editora e Officinas Typographica e de Encadernação
Movidas a electricidade
Rua Augusta—44 a 54
LISBOA
{4}
1906
OFFICINAS TYPOGRAPHICA E DE ENCADERNAÇÃO
Movidas a electricidade
Da Parceria Antonio Maria Pereira
Rua Augusta, 44, 46 e 48, 1.º andar
LISBOA {5}
Venho já a declarar que me desgosta o titulo d'este meu romance; mas não éesta a primeira vez que meus actos, invenções e palavras me desgostam, emboraextranhos applaudam uns e outras.
Tem uma certa graça, mixto de luz e escuridade, aquelle titulo: o que nãotem é verdade, verdade moral, acommodada á minha philosophia.
No romance que publiquei, intitulado AS TRES IRMÃS, remateidizendo que não ha bons nem maus destinos, como se dissesse que o homem é oresponsavel, o agente, o motor arbitrario de suas acções, das quaes lhe advém osocego ou a inquietação, a dita ou a desdita, a publica estima ou adesprezadora abominação.
Quem tal crê e disse, rejeita e desadora estrellas propicias ou funestas,como cousa de agouros, de crendices, de